O POENTE
O poente, que as árvores da montanha
coam, traz-nos a serenidade,
o sentir o poder da noite,
o brilho da certeza. É uma chuva
por onde corre a finitude,
a fusão do eu com as coisas.
Parece que as estrelas estão
mais próximas; que o silêncio
nos aconchega o olhar: sinais
que ladeiam o caminho,
paisagens que nos inquietam.
Enquanto nos preparamos para
a viagem, apreciemos a frescura
e o espírito de um espumante,
rápida imagem, transportando-nos
à caverna dos sonhos, tornando-os
transitória memória, ou sombra.
Manuel Dias da Silva
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