À memória de minha mãe,
Maria Cândida Rosete,
Falecida a 9 de Abril de 2003
Minha querida Mãe,
Como te amo
Mesmo depois de morta
Na tua talha de sofrimento e dor
Que ainda te persegue
Como em vida.
Ai, essa tua pobre vida
Que não passou de sobrevivência!
Sempre espezinhada por muitos
Que te chamavam “louca”,
Porque sempre vias mais além
Do que todos os outros!
Nunca foste aceite
Pela tua diferença
Pela tua especificidade…
Tão única
Tão gloriosa…
Aos meus olhos
Nunca inocentes
Perante ti.
Os teus actos
Mesmo os aparentemente mais despropositados,
Sempre tiveram um real e lógico sentido
Que nem sempre soube entender!
Só mais tarde o atingi
Quando a vida também me mostrou,
No corpo e na alma,
Esse sofrimento de que padecias.
Morreste
Tão frágil
Tão débil
Tão diluída…
Nos meus braços
Que ainda te sentem!
Agora sei quem foste!
Agora sei porque lutaste!
Agora sei porque a vida não te sorriu
E a penas te presenteou
Com escassos momentos de felicidade!
Bem-hajas,
Minha querida mãe!
Não sei ode estás!
Não sei se ainda me sentes
Se ainda me ouves
Ou se ainda me vês…!
Mas sei que estás comigo,
Sempre,
E eu contigo!
Isabel Rosete
domingo, 27 de dezembro de 2009
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