domingo, 27 de dezembro de 2009

Mãe - Emanuel Naia Sardo

MÃE

Como é possível que uma palavra tão pequena
englobe tudo aquilo que o Homem necessita
para se poder realizar como ser?

Já na gestação ela quase que só vive para o seu menino(a).
Após o parto ei-la a ter todas as atenções para o ser que acaba de dar à luz.
Durante a infância e puberdade é ela que invariavelmente trata com desvelo
o rebento que floriu lá dentro, no seu interior.

Mãe, palavra demasiado grande para tão poucas letras.

Quando estamos doentes, quando temos sobressaltos na vida,
quando precisamos de um ombro amigo para confidenciar,
lá está ela, sempre disponível para curar, para ouvir, para ajudar
e para que, com a experiência que a universidade da vida
lhe proporcionou dar os conselhos necessários para
ultrapassar os problemas.

Mãe...
Já velhinha e depois de uma vida sempre disponível
volta a ter à sua volta os rebentos dos seus filhos.
Continua a ser útil (e cada vez mais!)
a sua presença junto dos seus netos.

Mãe!!!
Palavra cheia de um significado que ultrapassa
a definição de um qualquer dicionário.

Tu, minha mãe, foste tudo para mim.
Incutiste-me o amor pelos outros e pela mãe natureza.
Explicaste-me que todos somos irmãos,
que os animais, as plantas e todos os seres viventes
têm no mundo o seu lugar.

Tinhas o curso da vida.
Deste-me as lições necessárias
para eu ser aquilo que sou.

Já partiste para onde um dia também irei
Continua "lá"
a fazer o que fazias cá.

Obrigado, minha mãe.

Naia Sardo

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