Ausente
aparto-me do teu corpo
num abandono desesperado
de rio seco
e tombo num abismo
a teu lado
sem verdor que te sacie
nem fogo que nos consuma
aparto-me do teu corpo
e digo silêncios que traduzes
(pássaros, festa, viagem…)
enquanto dos teus dedos brotam
escarpas, montes, veredas, longes
e murmuras águas
e murmuras mar
aparto-me do teu corpo
e declino
no teu poente
perdido, vazio
ausente
Manuel Ferreira Rodrigues
domingo, 13 de dezembro de 2009
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