Olho em frente!
Vejo a miséria
Das crianças que sofrem
Imaculadas
Sem Pátria
Sem morada...
Escuto o redemoinho libertino
Dos espíritos embriagados
Pela nudez
Não mais originária.
Olho em frente.
Vejo a prepotência das Nações
As falsas intenções dos Povos
Descrentes
Dissimulados.
Escuto os gritos da Terra
Em desespero
Esmagada pela ambição dos Homens
Sem dignidade.
**************
Ai, se o vento me levasse
Na orla infinda das marés
Que ainda me salpicam!
Ai, se o vento me levasse
No espasmo matinal
Do cheiro eterno das flores!
Aí permaneceria, cândida, pura…
No seio de uma alegria sem fim
Que me acalentaria a alma.
Já não choraria mais
A criança que não fui
Ou a infância que não tive.
Voltaria a brincar com os infantes.
E, finalmente, sorria
Na transparência de um desejo inocente.
Isabel Rosete
domingo, 6 de dezembro de 2009
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