domingo, 28 de fevereiro de 2010

Tempestade - Isabel Rosete



Amo a paz dos desertos,
A serenidade da solidão infinita
Onde encontro a tranquilidade.

Aí permaneço,
Nessa espécie de refúgio do Mundo,
Onde se encontram todas as tempestades!

Aí me fixo e habito,
A salvo dos olhares alheios
Que me penetram a alma;

A salvo das mãos dos outros,
Por vezes, sedosas,
Por vezes, criminosas…
Que me apontam para o rosto;

A salvo das mentes incriminatórias,
Despojadas de bom-senso,
Que só vêem o visível;

A salvo dos espíritos perversos,
Completamente abomináveis,
Que a verdade atrofiam.

Isabel Rosete

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