domingo, 21 de fevereiro de 2010

Destino - Isabel Rosete



"Destinos da Alma"

A Alma humana
Destituiu-se de si.

Paira na bruma
Das tardes cinzentas,
Sem tranquilidade,
Sem paz.

Percorre
Os infinitos caminhos do Mundo,
As estradas desertas,
Sem rumo determinado.

Procura
O Paraíso perdido
Em todos os corpos outros,
Sem saber qual é a sua linhagem.

Ofusca-se
Com os raios do Sol,
Na intensidade do seu
Do seu brilho e esplendor.

Vagueia
Pelas ondas imensas
Do mar revoltoso,
Companheiro dos ventos do Norte.

Oh, ventos malditos,
Que tudo arrastam,
Movem
E deslocam,

No intenso redemoinho universal
Da Vida que rodopia
Em todos os espaços opacos,
Por todos os lugares indescritíveis.

A Alma humana aí está
De novo, destituída de si.

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"Do meu destino"

Amei o Amor dos Outros
Por entre cardos e glórias.
Despenhei-me,
Ultrapassei-me…
E, ainda, aqui estou!

Quereis o meu sangue?
Quereis a minha carne,
O meu corpo?

Quereis a minha voz?
Quereis a minha Alma
Rejubilada no terror das amarguras?

Vá,
Dizei,
Se ainda tendes coragem!

É claro que jamais o fareis,
Gente miúda
De mente pequena!

Isabel Rosete

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