No silêncio dos gritos
Só a garganta não responde aos incontidos
espasmos faciais.
Tudo à volta é negro e fétido;
a excepção é essa imensa mole humana
que continuamente cai dum espaço
que não consigo vislumbrar.
Há, no entanto, algo que atrai a minha visão.
No meio daquela massa informe
uma pequena luz surge. Eu tento segui-la.
Sinto-me impotente para contornar todos aqueles
corpos que se abatem em catadupa.
Perco a visão, perco a vontade
e o silêncio permanece eterno.
Naia Sardo
domingo, 22 de novembro de 2009
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1 comentário:
Acho que este seu silêncio é Sonho, dentro da realidade silenciosa que nos rodeia, tanta vez (sem sonho nenhum).
Abraço
Maria Mamede
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