domingo, 22 de novembro de 2009

Silêncio - Marta Dutra



silêncio já não é o mesmo, ouve-se um tumulto escondido, profundo. Adivinho a chuva por detrás do morro e os gritos das gaivotas em demanda. Fazem-me falta os sorrisos que não tive, todos os abraços que não dei, enquanto deambulava por aí sem sentido.A linha que alcanço despede-se sempre da miragem numa renovada esperança fugaz. Penso no tempo e o que dele fazemos, aflige-me não o ter, quando afinal sei que o tenho agora e somente agora.

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Às voltas no vazio
traços
rodopios
quedas
o silêncio
por fim

Marta Dutra

1 comentário:

Anónimo disse...

Ó Marta, comungo consigo esse "fazer falta" profundamente, dessas manifestações de afecto, desejadas e não consumadas.

Parabéns.
Bj.

Maria Mamede