-a dança da goteira -
como um bote frágil numa maré violenta
dança, agita-se, fremente, a casa.
(assustados os bichos e eu, espreitamos
soluçantes, a tempestade que lá fora se afirma)
RAM!, Bruh! Uuu!
breu na casota escondida na montanha,
o cão da vizinha treme da sua cegueira
as gentes queixam-se da sorte
eu escondo-me na cama.
até que.
na planura melosa do medo. ouço.
(um barulho frenético, um gorgolejar insano.
um ping-ping em alta rotação. a goteira
canta estala vive!)
No meu bote frágil nessa maré de violência
eu e os bichos dançamos. toda a gente dança.
-a dança da goteira-
Ulisses
domingo, 15 de novembro de 2009
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1 comentário:
Pretensioso e patético?
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