domingo, 22 de novembro de 2009

Silêncio - Isabel Rosete

Silenciar a voz
Na face oculta
Do devir do mundo…

Vozes dispersas,
Ouvem-se ao longe...

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Amo o silêncio.
O ruído das máquinas
Fere-me os ouvidos,
Tão puros
E tão singelos,
Quanto cada amanhecer.

Os sons
Límpidos
Das trombetas dos Anjos
Espero ouvir,
Ao entardecer;

As suaves melodias das almas
Cristalinas
Espero beber,
Ao anoitecer;

Os sons da Terra
Inocente
Espero sentir,
Em cada renascer…

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Silêncio?
Nunca.

O silêncio faz parte
Da alma dos cobardes.
Isso não queremos ser!

Ergamos as nossas vozes
Contra todas as formas de subjugação,
De violência,
Ou de des-humanidade.

Mantenhamos,
Bem alto,
O nosso grito de alerta,
Em nome de um futuro mais radioso,
Mais sereno,
Mais feliz...

Isabel Rosete

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