um lugar de silêncio, uma penumbrapura,
aragem de rosas adormecidas.
um canto, recanto de palavra desnuda
a cada voo silente ou sopro de vento.
busco trégua nas horas, nas pálpebras
pesadas da intermitência do olhar.
e um pássaro por dentro dos olhos
para sulcar clareiras a cada manhã.
***
poderia o silêncio ser rio de ausências
desaguando na presença de um a si mesmo.
mas digamos dos ruídos mais íntimos
improváveis cúmplices do silêncio.
os fantasmas as fracturas os muros
as memórias devaneios nocturnos
os espelhos que permanecem turvos
as portas tão raríssimas de chaves
rastos quotidianos ventos surdos.
Maria Manuel
domingo, 22 de novembro de 2009
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1 comentário:
Quanto a mim, o silêncio pode ser isso tudo e mais ainda.
Gostei muito, principalmente da segunda estrofe.
Bjs
Maria Mamede
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