OS CLÁSSICOS
O verão
parece uma estação propícia
aos Clássicos.
Antes que as nuvens se encham
sobre o Atlântico.
Horas de areia
à beira da espuma,
horas a gastar os olho
sem subidas pela serra
em frente.
De costas voltadas para a pressa,
lêem-se os Clássicos
lentamente, como a passagem
da sombra.
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OS LIVROS
Desarrumados da estante
esticam suas folhas
como pernas, os volumes
folheados tomam ar
respiram
entre sílabas as palavras
e os autores sacodem
a penumbra, tossem
os poetas novelos de poeira
Desarrumado o verbo, vem à luz
e diz o quê? O inesperado.
J.T.Parreira
domingo, 29 de novembro de 2009
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1 comentário:
gostei da animização dos livros, neste seu segundo poema, como que ganhando vida nas prateleiras; e do final que me parece perfeito (como já tinha referido) - «O inesperado», essa «luz» que sempre, de alguma forma, nos enriquece num livro.
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