A angústia do Amor
Irrequieta-me!
Sofro pelos amores-vividos,
Pelos ainda não-vividos
E por viver.
Quero-os
E rejeito-os,
Num só e mesmo instante
De plena inquietude
Que me ex-tasia a Alma,
Atormentada,
Vagueante pelos atalhos
Por onde não vou.
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Amo.
Não sei bem o que amo!
Tenho medo de voltar a amar,
De voltar a sofrer,
De voltar a sonhar.
As ilusões crescem,
Quando se ama!
Emerge a dor,
A insatisfação,
A insanidade,
A insensatez...
Exterioriza-se a cólera
Na presença ausente
De um outro estado,
Sempre inacabado,
Sempre adiado.
Caminhos que não conduzem
A parte alguma,
Espreitam-nos no amor.
Nos caminhos
Que se bifurcam,
Perdemo-nos
De nós
E do outro.
Encontramos o desfiladeiro.
Assoma o Vazio
De uma Alma deserta,
Dispersa,
Em con-fusão...
Alienada pela adrenalina,
Que sobe,
Escorrega,
Desampara
E inquieta.
Isabel Rosete
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