"Colapso final"
O meu corpo
Em sofrimento contínuado
Consome-me todas as energias.
Fico exausta!
Prostrada!
Permaneço deitada
Sem força
Para os membros erguer.
As minhas mãos
Ainda não escrevem
O que o meu pensamento
Lhes determina.
Até quando?
A incógnita
Persiste
Neste meu estar de agonia
Sem tréguas.
Agonia-se-me a alma
Aproximo-me da Morte
A qualquer momento
Esperada.
Sinto que o colapso final
Está aí
Algures
À minha espera
Pronto a revelar-se.
Não o temo.
Em mim jaz.
Em mim está integrado.
Lembra-me
Quão a Existência é efémera!
Quão ninguém
Somos
Neste espaço de arrogância
Que alimenta a incompreensão dos outros!
Isabel Rosete
domingo, 3 de janeiro de 2010
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